na página 249 do livro temos o seguinte:
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Mesmo há 300 anos, na França, Inglaterra e no resto do mundo,
as grandes cidades do homem estavam isoladas por hectares de região
selvagem, por onde vagueavam animais não domesticados,
como haviam feito por milhares de anos antes. E, no entanto,
a expansão do homem continuou, inexoravelmente.
Há uma centena de anos, nos últimos dias dos grandes
exploradores europeus, a natureza se reduzira tão radicalmente
que constituía uma novidade. Foi por esse motivo que as
explorações, africanas seduziram a imaginação do homem do
século XIX. Entrar num mundo realmente natural era exótico,
além da experiência da maior parte da humanidade, que vivia
do nascimento à morte em circunstâncias inteiramente fabricada
pelo homem.
No século XX, o equilíbrio deslocou-se de tal forma que, para
todos os efeitos práticos, pode-se dizer que a natureza desapareceu.
Plantas selvagens são conservadas em estufas, animais selvagens em
jardins zoológicos e reservas de caça, ambientes artificiais criados pelo
homem como uma recordação do mundo natural outrora predominante.
Mas um animal num jardim zoológico ou numa reserva de caça não leva
a sua vida natural, tanto quanto um homem numa cidade leva uma vida
natural.
Hoje estamos cercados pelo homem e suas criações. O homem é
inevitável, por toda parte do globo, a natureza é uma fantasia,
um sonho do passado, há muito perdido.
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nota: Copyright 1980 - by Michael Crichton
Esta edição não pode ser vendida em Portugal.
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